O Conselho Estadual de Pesca (CEPESCA) de Mato Grosso deu um importante passo na conservação de seus ecossistemas aquáticos ao publicar, na última segunda-feira (18), a resolução nº 02, de 07 de março de 2024, no Diário Oficial. Esta medida autoriza a pesca de onze espécies exóticas invasoras nos rios das bacias hidrográficas do Paraguai, Amazonas e Araguaia-Tocantins, visando minimizar o impacto negativo dessas espécies sobre as populações de peixes nativos.
Essas espécies exóticas, consideradas alóctones, híbridos ou parte da ictiofauna brasileira que não são naturais dessas bacias, têm causado desequilíbrio nos habitats locais, afetando a biodiversidade e a sustentabilidade dos ecossistemas aquáticos. Em resposta, a CEPESCA decidiu que os exemplares capturados dessas espécies não serão contabilizados para fins de cota de captura e medidas mínimas, incentivando assim a pesca desses indivíduos.
Vinicius Rezek, chefe da unidade da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) em Alta Floresta, esclareceu como a nova resolução afetará a pesca na região do rio Teles Pires. Ele detalhou que a pesca e o transporte de espécies como Tambaqui, Pirarucu, Tilápia e Piraputanga serão permitidos em determinadas regiões, enquanto em outras, como o baixo Teles Pires, a captura e transporte de Tambaqui permanecerão proibidos.
A lista de peixes exóticos, alóctones, invasores e híbridos inclui espécies como o Tucunaré azul, Tucunaré amarelo, Tambaqui, Tambacu, Pirarara, Corvina, Tilápia, Matrinxã, Pirapitinga e Pirarucu, abrangendo diversas bacias hidrográficas do estado.
Esta medida visa não apenas a preservação das espécies nativas e a manutenção do equilíbrio ecológico, mas também a promoção de uma pesca responsável e sustentável. Ao direcionar o esforço de pesca para essas espécies invasoras, espera-se que as populações de peixes nativos possam se recuperar e prosperar, garantindo assim a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas aquáticos de Mato Grosso para as gerações futuras.
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