Comandante de batalhão da PM xinga professora que interrompeu palestra sobre militarização de escola em MT: 'feia pra c*'

Vídeo foi gravado na segunda-feira (23), durante assembleia geral sobre militarização da unidade de ensino; professora informou que irá registar boletim de ocorrência; comanda

Comandante de batalhão da PM xinga professora que interrompeu palestra sobre militarização de escola em MT: 'feia pra c*'

O comandante do 9° Batalhão da Polícia Militar de Mato Grosso, Wanderson da Silva Sá, fez uma postagem nas redes sociais com xingamentos contra a professora Leliane Cristina Borges que protestava contra a militarização da Escola Estadual "Professora Adalgisa de Barros", em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

 foi entrado em contato comandante e com a corporação, que informaram que não irão se manifestar sobre o caso. Já a professora informou que viu a situação como machismo e racismo e irá registrar boletim de ocorrência contra o comandante.

O vídeo foi gravado na última segunda-feira (23), durante a assembleia geral sobre militarização na instituição. Na ocasião, o policial que aparece no vídeo explicava como funciona a mudança no sistema de ensino, quando Leliane o confronta, parando em frente a ele com os braços abertos. (Assista acima).

O comandante Wanderson, que não aparece na gravação - postou o vídeo do momento em uma rede social pessoal e na legenda escreveu:

“Pra falar a verdade, passei todo dia vendo essas imagens e cheguei à seguinte conclusão: Ela quis prevalecer da sua condição de ser… feia pra c*, e o oficial não deu moral a ela”

Em outra parte do post, também escreveu: "Acho que o pai dela deveria ser trilhonário para pagar o dote dela". Em seguida, parabeniza o policial que aparece no vídeo e diz que ele o representa.

A professora é vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) e integra o Conselho da Diversidade de Várzea Grande e o Conselho da Mulher de Mato Grosso e contou que vê a postagem do policial machista e racista, já que o comentário dele não diz respeito ao contexto da situação vivida na audiência pública, mas, sim, à aparência dela.

 

“As minhas características físicas não eram o foco do debate. Ninguém estava discutindo se eu era feia. Ele usou de racismo por me olhar e dizer que sou feia, pois, na cabeça dele, existe um padrão de beleza e eu não estava nele”. , disse.
 

O vídeo foi gravado na última segunda-feira (23), durante a assembleia geral sobre militarização na instituição. Na ocasião, o policial que aparece no vídeo explicava como funciona a mudança no sistema de ensino, quando Leliane o confronta, parando em frente a ele com os braços abertos. (Assista acima).

O comandante Wanderson, que não aparece na gravação - postou o vídeo do momento em uma rede social pessoal e na legenda escreveu:

“Pra falar a verdade, passei todo dia vendo essas imagens e cheguei à seguinte conclusão: Ela quis prevalecer da sua condição de ser… feia pra c*, e o oficial não deu moral a ela”

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