Decreto extingue punibilidade de tenente pela morte de aluno em treinamento em MT

Decisão foi publicada na manhã desta terça-feira (14), no Diário Oficial do Estado.

Decreto extingue punibilidade de tenente pela morte de aluno em treinamento em MT

Decreto publicado pelo governo de Mato Grosso acolheu as recomendações da Procuradoria-Geral do Estado e declarou a extinção de punibilidade da 1º Tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur Souza Dechamps, acusada da morte de um aluno em uma aula de salvamento. A decisão foi publicada na manhã desta terça-feira (14), no Diário Oficial do Estado, e assinada pelo governador Mauro Mendes (União).

A ré respondia pela morte de um aluno em 2016, quando a atuação dela foi considerada abusiva. Desde o recebimento da denúncia, no dia 27 de julho de 2017, até a publicação da sentença, no dia 17 de agosto de 2022, passaram-se mais de quatro anos, o que fez com que o caso prescrevesse e fosse arquivado, de acordo com o juiz João Bosco Soares da Silva, da 11ª Vara Criminal de Justiça Militar, em Cuiabá.

Entenda o caso

 

Em novembro de 2016, o aluno da corporação Rodrigo Claro morreu depois de passar mal durante uma aula de instrução de salvamento na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. Ele chegou a ficar internado por cinco dias em uma Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) de um hospital particular na capital, mas não resistiu e morreu.

O julgamento do caso, contudo, aconteceu somente em 2021, após ser adiado a pedido da defesa. Desde a morte de Rodrigo, ela apresentou atestados médicos de forma contínua . Porém, depois, chegou a ser condenada a um ano de detenção.

Ledur ainda responde a outro caso de suposta tortura a um aluno dos bombeiros chamado Maurício Júnior dos Santos. À época, o aluno foi encaminhado a uma unidade de saúde após acordar às margens da Lagoa Trevisan e sentir fortes dores de cabeça.

Rodrigo passou mal na aula prática na Lagoa Trevisan, em Cuiabá — Foto: Reprodução/TVCA

Rodrigo passou mal na aula prática na Lagoa Trevisan, em Cuiabá — Foto: Reprodução/TVCA

Desde a morte, a Justiça investiga se houve abusos por parte dos instrutores do curso de formação. Segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), a tenente Ledur, que era a instrutora do curso na ocasião, usou de meios abusivos de natureza física e mental.

Depoimentos de outros alunos, da família e testemunhas apontaram que Rodrigo disse que tinha medo da tenente e que, durante outro treinamento, Ledur havia lhe empurrado na piscina.

Os amigos relataram que Rodrigo não era tão bom na água e, durante a prova, pediu para parar e queria desistir, mas que Ledur ficava cobrando para que ele continuasse, o que ocasionou no mal-estar.

Rodrigo Claro morreu em novembro de 2016 — Foto: Antônio Claro/Arquivo pessoal
  • Compartilhe
  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Whatsapp
Comentários

Veja também

\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\

Envie sua mensagem e assim que possível estaremos respondendo!

Esse site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar o acesso, você concorda com nossa Política de Privacidade. Para mais informações clique aqui.