Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) apontou que 1.453 pacientes com HIV/Aids deixaram de fazer tratamento há mais de 100 dias nas unidades públicas especializadas de Mato Grosso. A pasta alerta que o abandono do cuidado em saúde pode agravar o quadro clínico e até evoluir para óbito.
“A tecnologia em saúde está avançando cada vez mais e o Sistema Único de Saúde (SUS) não tem ficado para trás. O SUS dispõe dos melhores e mais adequados tratamentos às pessoas que vivem com HIV/Aids, para que eles tenham uma vida longa e com qualidade. Para isso, é necessária a continuidade do tratamento. Os municípios, que são responsáveis pela Atenção Primária, estão estruturados para receber esses pacientes e a SES tem investido na capacitação dos profissionais de saúde para que as unidades básicas ofertem o melhor atendimento possível”, disse o secretário adjunto de Atenção e Vigilância em Saúde da SES, Juliano Melo.
As pessoas que vivem com HIV/Aids são acompanhadas pelos Serviços de Assistência Especializada (SAE), administrados pelos municípios. Em Mato Grosso, há 28 SAEs localizados nos municípios de Alta Floresta, Peixoto de Azevedo, Barra do Garças, Cáceres, Canarana, Confresa, Diamantino, Itiquira, Juara, Juína, Marcelândia, Nova Canaã do Norte, Primavera do Leste, Ribeirão Cascalheira, Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Querência, Itaúba, Várzea Grande, Água Boa, Colíder, Nova Xavantina, Nova Mutum e dois em Cuiabá.
O Centro Estadual de Referência em Média e Alta Complexidade (Cermac), unidade administrada pela SES, também dispõe de um SAE, cujo local é referência para os casos agravados e também para os municípios em que não possuem um SAE. “Aqui atendemos pacientes de todo o estado que apresentam um quadro mais agudo e precisam de tratamentos mais complexos”, explica a diretora da unidade, Jocineide Santos.
De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), entre os anos de 2022 e 2023, foram notificados 1.927 novos casos da infecção por HIV em Mato Grosso. Em relação à Aids, o sistema aponta 679 novos casos neste mesmo período.
O levantamento da SES apontou ainda 206 óbitos em 2022 e 168 óbitos em 2023 com menção ao HIV ou à Aids como causa base, conforme o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
Mais de 1,4 mil pacientes com HIV abandonaram tratamento em MT e SES alerta para importância do cuidado em saúde
Campanha visa a prevenção, assistência e promoção dos direitos humanos das pessoas com HIV/Aids e outras ISTs
Fonte(s): G1
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