Policial Militar, nome não divulgado, foi preso na manhã de quinta-feira (09), no bairro Jardim Tropical, em Canarana (606 km da Capital), acusado de ameaçar e agredir um casal alegando ter um ‘romance’ com a mulher.
O militar é lotado no Distrito de Espigão do Leste, São Felix do Araguaia (370 km de Canarana).
e acordo com a ocorrência, o casal chegava em casa de carro, na Rua Palmitos, por volta das 6h30, quando a mulher reconheceu o policial, que estava na companhia de outro homem numa moto em frente à residência, e pediu que o namorado não parasse.
O rapaz atendeu ao pedido da mulher, não entrou na casa e seguiu com o carro. O militar subiu na moto e começou a perseguir as vítimas.
Após determinado tempo, quando já não ‘viam’ mais o policial, o rapaz deixou a namorada em casa e voltou, porém, percebeu que estava novamente sendo perseguido pelo PM, que agora estava numa caminhonete, ainda segundo a ocorrência, dirigindo em altíssima velocidade, com manobras perigosas, trafegando na contramão e ‘fechando’ a vítima.
Impossibilitado de continuar, o rapaz voltou e estacionou o carro na frente da casa da namorada, onde foi abordado pelo policial, que estava armado com uma espingarda calibre 12 e chegou já desferindo um soco no peito e golpes com a lateral na arma nas costas da vítima.
Em seguida, o militar invadiu a casa da mulher, junto a outra vítima, e começou a xingar e fazer ofensas à dona da casa.
O rapaz questionou o que estava acontecendo e porquê o PM estava ‘fazendo aquilo’, então o acusado respondeu que ‘tinha um romance com ela [dona da casa] e que se ele [vítima] não ficasse quieto o negócio ia ficar feio para o lado dele’.
A mulher ameaçou denunciar o militar, que pegou a chave da casa, prendeu as vítimas e fugiu.
Após a fuga do acusado, o casal acionou a polícia, que compareceu ao endereço, ouviu as vítimas, testemunhas e saíram buscando pelo paradeiro do ‘colega’ de farda, que foi encontrado, teve arma e munições apreendidas e todos os envolvidos encaminhados à Delegacia de Polícia Civil, onde foram ouvidos pelo delegado de plantão e o acusado autuado em flagrante pelo crime.
Além do processo criminal, o policial militar também deverá ter a conduta apurada pela Corregedoria da instituição e poderá enfrentar uma Processo Administrativo Disciplinar (PAD).