A Polícia Rodoviária Federal comunicou nesta quarta-feira (11) que apreendeu um ônibus que voltava para Sorriso, a 420 km de Cuiabá, depois de levar passageiros a Brasília no domingo (8), quando um grupo de bolsonaristas extremistas participaram de atos terroristas na sede dos Três Poderes. Outros três veículos que saíram de Mato Grosso e também foram até o Distrito Federal permanecem detidos em Brasília.
O motorista do ônibus apreendido em Mato Grosso negou estar envolvido nos atos e, em um primeiro momento, conforme a PRF, disse que “viajava fazendo transporte de pessoas de Cuiabá a São Paulo". Mas, depois, confessou ter levados passageiros de Mato Grosso para Brasília.
Ele, o veículo e a lista com o nome dos passageiros foram apreendidos e encaminhados até a Polícia Judiciária para providências.
Ele, o veículo e a lista com o nome dos passageiros foram apreendidos e encaminhados até a Polícia Judiciária para providências.
Ônibus apreendidos em Brasília
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a apreensão e bloqueio de 87 ônibus identificados pela Polícia Federal que levaram "terroristas para o Distrito Federal", em suas palavras. Entre as apreensões, estão três veículos que saíram de Mato Grosso.
- AUM3J92 - Volvo Paradiso - Primavera Tur Transporte Eireli ME - Primavera do Leste (MT)
- PBX0J19 - Volvo Paradiso DD - AM Transportes e Turismo Ltda - Cuiabá (MT)
- LRR4456 - Volvo Paradiso DD - Rota Brasil Transporte e Fretamento Eireli - Cuiabá (MT
Ao g1, a Rota Brasil Transporte e Fretamento Eireli informou em nota enviada por sua defesa, que "repudia todo e qualquer ato de violência, de invasão e depredação de órgãos públicos ou privados e que jamais compactuou e/ou financiou quaisquer atos de agressão à Democracia de Direito e/ou de golpe de Estado. (Leia nota completa no final da reportagem).
A reportagem entrou em contato com as empresas Primavera Tur Transporte Eireli e AM Transportes e Turismo Ltda e aguarda retorno, como prometido pelos representantes que atenderam as ligações
Intervenção na Segurança Pública do DF
Após os atos terroristas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente Lula (PT) determinou a intervenção federal na Segurança Pública do Distrito Federal até o dia 31 de janeiro.
Até então a pasta era comandada por Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, que foi exonerado ainda no domingo. A Advocacia-geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão de Torres.
Na madrugada de segunda-feira (9), o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). O político admitiu falhas na segurança da sede dos Três Poderes, mas Ibaneis não se considerou o único culpado pela invasão e depredação cometidas pelos terroristas.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública criou um e-mail para receber denúncias e informações sobre os terroristas que praticaram os atos de vandalismo. As informações podem ser enviadas para denuncia@mj.gov.br.
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