Quase 15 mil mulheres vítimas de violência doméstica pediram medidas protetivas em MT

No ano passado, o estado registrou 101 mortes de mulheres. Destas, 47 foram enquadradas como crimes de homicídios qualificados pela violência de gênero, ou seja, feminicídios.

Quase 15 mil mulheres vítimas de violência doméstica pediram medidas protetivas em MT

Quase 15 mil medidas protetivas contra violência doméstica foram registradas no ano passado, de acordo com a Polícia Civil, nesta sexta-feira (17). Deste total, cerca de 4.165 delas tiveram o botão do pânico autorizado judicialmente e 395 mulheres acionaram o serviço de proteção virtual. Os dados são de um relatório sobre feminicídios elaborado pela Diretoria de Inteligência da polícia.

No ano passado, o estado registrou 101 mortes de mulheres. Destas, 47 foram enquadradas como crimes de homicídios qualificados pela violência de gênero, ou seja, feminicídios. Entre as vítimas dos feminicídios, apenas três delas tinham medida protetiva e, em 12 casos, as mulheres já possuíam algum registro anterior de violência doméstica contra os autores dos crimes.

Segundo a polícia, com base nos dados é feito um perfil completo da situação a ser investigada, assim como o local onde aconteceu o crime, perfil das vítimas, vínculo entre o suspeito e as vítimas, índice de esclarecimento dos homicídios e os efeitos da violência contra as mulheres.

Dos 101 homicídios registrados, 68% deles foram esclarecidos e 63 autores foram presos em flagrante ou por mandado de prisão, de acordo com a polícia. Deste total de presos, 39 tinham alguma passagem criminal.

Ainda em relação ao perfil dos autores, o estudo apontou que 53% deles têm idade entre 18 e 39 anos. Cinco cometeram suicídio logo após matar as vítimas e quatro foram mortos.

Mortes

 

Conforme a polícia, a maioria dos feminicídios ocorreram nos meses de abril, com 12 casos, e julho, com 10. Os dias da semana com mais ocorrências foram, segundo a polícia, nas sextas-feiras, sábados e domingos.

Quase metade das mortes mortes foi provocada por arma de fogo, sendo 45% dos casos, e outros 31% por arma branca.

Rondonópolis foi a cidade com mais registros no estado, totalizando 13 mortes de mulheres, sendo sete delas feminicídios.

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