Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) resgatou, em 2022, um total de 825 animais silvestres. Os animais foram recebidos pela Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros para receber tratamento e, posteriormente, soltos novamente.
De acordo com a Sema-MT, cerca de 247 animais foram de resgatados durante fiscalizações, outros 230 são de apreensões, alguns foram vítimas de atropelamentos e outros 206 entregues para a entidade pela população.
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) resgatou, em 2022, um total de 825 animais silvestres. Os animais foram recebidos pela Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros para receber tratamento e, posteriormente, soltos novamente.
De acordo com a Sema-MT, cerca de 247 animais foram de resgatados durante fiscalizações, outros 230 são de apreensões, alguns foram vítimas de atropelamentos e outros 206 entregues para a entidade pela população.
Resgates e tratamentos
As aves estão entre as espécies que mais foram recebidas pela entidade, totalizando 623 pássaros como araras, papagaios, canários, corujas e garças. Os mamíferos ficaram em segundo lugar, sendo 135 resgates, entre onças-pintadas, 18 tamanduás bandeira e 19 primatas.
A Sema também resgatou 67 repteis, sendo 15 serpentes e 48 entre jabutis, tracajá e tartarugas, jacarés. Iguanas também foram retirados de situações de risco, como desmatamentos, construções de empreendimentos e até atropelamentos.
Após o resgate, eles foram enviados para tratamento em quatro clínicas credenciadas que atendem animais resgatados, sendo uma delas em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, e outras três em Barra do Garças, Sorriso e Confresa, a 1.160 km da Capital mato-grossense.
O Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) também passou a receber animais resgatados após uma parceria com a Sema-MT.
De acordo com a analista de meio ambiente da Sema-MT, Neusa Arenhart, um novo decreto federal criado este ano, de nº 11.349/2023, estabelece que o Departamento de Proteção, Defesa e Direito Animais deverá ampliar ações de proteção e defesa dos animais.
Além disso, o setor já iniciou, em 2023, o programa de Monitoramento da Fauna Silvestre da Estrada Transpantaneira, com o objetivo de coletar dados sobre animais através de captações de imagens de câmeras trap – equipamento ativado à distância, geralmente por sensores de movimento ou calor, utilizado para fotografar animais na natureza com a menor interferência humana possível, que foram instaladas em pontos específicos dos locais estudados.
Com isso, é possível monitorar a saúde dos animais avistados, além de registrar os hábitos das espécies do Pantanal, emitir documentos técnicos e verificar a presença e as características de espécies ameaçadas de extinção.
O apoio à Conservação da Arara Azul, na região do Perigara, em Barão de Melgaço e no Pantanal também estão entre as ações da Sema. Nesses casos, o objetivo é registrar e adequar ninhos naturais e artificiais utilizados por essas aves na região para auxiliar na sobrevivência dos filhotes.
No último ano, foram realizados 78 monitoramentos dos 37 ninhos identificados apenas nesta localidade.
A coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros também deverá monitorar a reprodução de peixes da Bacia do Paraguai e Amazônica, por meio de um Acordo de Cooperação Técnica com a Unemat Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemt), que ainda está sendo discutido.
Esse monitoramento vai auxiliar o Conselho Estadual da Pesca ( Cepesca) na definição de uma melhor data para o período da piracema em Mato Grosso.
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