Tragédia na Amazônia: Brigadista do Ibama Morre Carbonizado em Incêndio na Terra Indígena Capoto Jarina

Segundo informações do Ibama, Uellinton foi visto pela última vez por volta das 11h do domingo, durante as operações de combate ao fogo que se alastrou pela terra indígena.

Tragédia na Amazônia: Brigadista do Ibama Morre Carbonizado em Incêndio na Terra Indígena Capoto Jarina

O corpo de um brigadista do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), identificado como Uellinton Lopes dos Santos, de 39 anos, foi encontrado carbonizado na Terra Indígena Capoto Jarina, dentro do Parque Nacional do Xingu, a 692 km de Cuiabá. Uellinton estava combatendo os incêndios que assolam a região quando desapareceu, no domingo (25).

Segundo informações do Ibama, Uellinton foi visto pela última vez por volta das 11h do domingo, durante as operações de combate ao fogo que se alastrou pela terra indígena. Seu corpo foi localizado na manhã desta segunda-feira (26), a cerca de 1 km de uma linha de defesa contra o incêndio. A situação na Terra Indígena Capoto Jarina se agravou consideravelmente nos últimos 10 dias, conforme relatos do Instituto Raoni, que estima a área atingida em cerca de 635 mil hectares, superando a extensão territorial do Distrito Federal.

Atualmente, 42 brigadistas estão envolvidos nas operações de combate ao fogo na região, metade deles indígenas que participam de um projeto específico. O Instituto Raoni e outros grupos locais têm pedido ao Ibama o envio de mais brigadistas, devido à gravidade da situação. Imagens divulgadas pelo Instituto mostram a área tomada por chamas e um céu cinzento devido à fuligem e à fumaça. Megaron Txucarramãe, sobrinho do Cacique Raoni, gravou um vídeo desesperado pedindo ajuda: “Se alguma autoridade puder me ouvir, por favor manda avião que apaga fogo. Só pode apagar esse fogo jogando água com avião”.

Outros Casos de Morte em Áreas de Combate a Incêndios

A morte de Uellinton não é um caso isolado. Apenas três dias antes, outro brigadista morreu enquanto ajudava a controlar um incêndio em uma área de canavial próxima à BR-163, na zona rural de Itiquira, a 359 km de Cuiabá. O funcionário, identificado como Paulo Henrique Pereira Souza, não conseguiu escapar das chamas que atingiram a plantação de cana-de-açúcar.

Além disso, no último dia 13 de agosto, o trabalhador rural Edson Genovêz, de 32 anos, morreu no Pantanal, em Corumbá (MS), após sofrer queimaduras em 90% do corpo. Ele estava tentando abrir um aceiro, uma barreira natural para prevenir o avanço do fogo, quando o vento mudou de direção e o cercou com chamas.

Situação Crítica e Repercussão

Os incêndios na região têm se espalhado de forma mais rápida e intensa do que o esperado para esta época do ano, com foco geralmente maior em setembro. O avanço antecipado das chamas preocupa autoridades e organizações locais, que lutam para conter a destruição das florestas e proteger as comunidades afetadas. A urgência da situação levanta questionamentos sobre a preparação e os recursos disponíveis para o combate a incêndios em áreas tão extensas e de difícil acesso.

Enquanto isso, a dor e o desespero das famílias e colegas dos brigadistas falecidos ressaltam a urgência de medidas mais efetivas e apoio às operações de combate ao fogo. A morte de Uellinton Lopes dos Santos, assim como as de Paulo Henrique Pereira Souza e Edson Genovêz, são lembranças trágicas do risco enfrentado por aqueles que se dedicam a proteger o meio ambiente e as vidas humanas.

Fonte(s): G1
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